Lídio Toledo foi internado na sexta-feira (6) com quadro infeccioso grave, mas não resistiu.
Lídio Toledo foi médico da seleção brasileira em seis Copas do Mundo
O ex-médico da seleção brasileira de futebol Lídio Toledo morreu, às 11h30 da manhã deste sábado (7), aos 78 anos no Hospital Samaritano no Rio de Janeiro em decorrência de problemas cardíacos e insuficiência renal.
O ortopedista Lídio Toledo de Araújo já havia sido internado em 2008, após seu filho, Lídio Toledo Filho, ter sido baleado no Réveillon de 2007 e ficado paralítico. Na ocasião, o ex-médico se queixava de dores fortes no peito. Internado pela segunda vez às 22h51 da sexta-feira (6), sofreu uma parada cardíaca às 11h00 do sábado. Os médicos realizaram os procedimentos necessários, mas não conseguiram evitar o falecimento do paciente, às 11h30 da manhã.
Lídio Toledo foi membro da delegação do Brasil em seis Copas: 1970, 1974, 1978, 1990, 1994 e 1998, além de ter sido médico do Botafogo durante a campanha vitoriosa do clube no Brasileiro de 1995.
O episódio mais marcante de sua trajetória no futebol foi a polêmica que envolveu o ex-atacante Ronaldo na final da Copa do Mundo de 1998, contra a França. Na ocasião, o Fenômeno teria sofrido uma convulsão, mas mesmo assim entrou em campo e jogou a decisão no Stade de France.
A CBF emitiu um comunicado lamentando a morte do ex-médico, com os pêsames do presidente Ricardo Teixeira. O ex-goleiro Gilmar Rinaldi, pelo Twitter, lembrou um episódio que envolveu o ex-lateral-esquerdo Branco, na Copa de 1994.
- O Branco estava para ser cortado, dor nas costas, e ele [dr. Lídio Toledo] bancou a todos e disse: "eu recupero ele, assumo a responsabilidade".
O lateral foi fundamental na conquista do tetracampeonato brasileiro, com um gol decisivo contra a Holanda, nas quartas de final do torneio. Lídio Toledo deixou três filhos, também ortopedistas, e clínicas particulares na Barra da Tijuca e em Copacabana.
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