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domingo, 17 de abril de 2011

História do Leblon



A restinga hoje ocupada pelo bairro do Leblon já era habitada desde priscas eras. Há provas que os primeiros agrupamentos indígenas assentaram naquela região por volta do século VI. Um mapa francês de 1558 situa a aldeia tamoia no Leblon (aldeia "Kariané").
No ano de 1575 assume o governo da Capitania do Rio de Janeiro e parte sul do Brasil o Governador Antônio de Salema, natural de Alcácer do Sal (152?-1586). Salema era um jurista formado em Coimbra, e que odiava os índios. Antônio Salema, em seu mandato de três anos (1575-1578) descobriu uma lei editada pela Metrópole isentando de impostos por dez anos quem erguesse engenhos de cana de açúcar no Brasil. Inclusive, desde 1573, já existia um pioneiro engenho de cana em Magé, erguido pelo seu antecessor no governo, o Provedor da Fazenda Real Cristóvão de Barros. Salema decidiu pura e simplesmente extinguir os índios tamoios das aldeias da Lagoa, Ipanema e Leblon para lá erguer seu engenho, que seria movido à água, muito abundante haja vista os inúmeros córregos no local ("Macacos ", "Rainha", "Iglésias", etc.). Mandou jogar no mato adjacente à Lagoa  diversas mudas de roupas de doentes de varíola. Os índios pegaram as roupas, vestiram, pegaram varíola por contágio e morreram. Foi a primeira guerra bacteriológica nas Américas...
Onde hoje está o Jardim Botânico, mandou erigir um engenho de cana, ao qual denominou "D`El Rei". O engenho não deu certo de início e em 1584 foi sugerida sua venda. Quatorze anos depois, ele foi vendido ao Vereador Diogo de Amorim Soares, vindo da Bahia (1558?-1609?), que o rebatizou de "Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa". Soares, retirando-se da cidade em 1609, revendeu as terras no ano anterior a seu genro, Sebastião Fagundes Varela, natural de Viana do Castelo (1563-1639), casado com sua filha Da. Maria de Amorim Soares (1589-1676).
Fagundes logo ampliou as instalações do engenho e, para tal, cobiçou para sua empresa os terrenos de marinha. Os primeiros proprietários das praias da zona sul carioca, afora os índios tamoios, foram poucos portugueses. Em 1603 Antônio Pacheco Calheiros (1569?-1634), vereador em 1619, casado com Da. Inês de Leão, obteve enfiteuse de terras que iam do engenho de Diogo de Amorim Soares (Lagoa) até a "costa brava" (Leblon), correndo até a Gávea (Vidigal). Em 1606, Afonso Fernandes e sua esposa, Da. Domingas Mendes obtiveram carta de sesmaria da câmara que lhes davam o aforamento de "300 braças começadas a medir do Pão de Açúcar ao longo do mar salgado para a Praia de João de Souza (Botafogo) e para o sertão, costa brava, tudo o que houvesse". Eram todos os terrenos de marinha do Leme ao atual Leblon. Pagavam foro de 1000 réis.
Em 1609, Da. Domingas, já viúva, trespassa esse aforamento a Martim de Sá (1575-1632), Governador do Rio de Janeiro (1602/08, e 1623/32), filho do então ex-Governador Salvador Corrêa de Sá, nascido em Barcelos (1542-1631, governou em 1568/72 e 78/98) para benefício do engenho que o mesmo possuía na Lagoa. Esse engenho, denominado de "Nossa Senhora das Cabeças", não foi adiante, haja vista que Martim estava erguendo outro maior em terras que obtivera na aldeia de "Guaraguassú Mirim" (atual Barra da Tijuca). O aforamento então foi sendo aos poucos repassado, sucessivamente em 22 de junho de 1609, das terras que iam desde o Pão de Açúcar até a "Praia Brava" (Leblon); em 23 de setembro de 1611 (mais terras ); em 19 de julho de 1617 (para aumento de pastos); e em 1619 ao dono do "Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa", Sebastião Fagundes Varela. O aforamento era por 9 anos e tinha mais 400 braças para o sertão, permitindo a Varela explorar para pasto e extração de madeiras para seu engenho.
Varela ficou assim, aos poucos , dono de todas as terras que iam do Humaitá ao Leblon. A extensão de suas posses abrangiam 1700 braças de testada e 4.500.000 braças de área, que englobava a atual Lagoa Rodrigo de Freitas. Os terrenos pagavam foro de 6$400 réis ao "Senado da Câmara". Esse latifundiário criava gado nessas praias, onde suas vacas pastavam entre cajueiros, ananases e pitangueiras.
Em 1702, a herdeira de Varela, sua bisneta, Da. Petronilha Fagundes (1671-1717), era uma solteirona de trinta e um anos, numa época em que as mulheres casavam com doze, ou até menos idade. Petronilha casou-se com um jovem oficial de cavalaria, Rodrigo de Freitas de Carvalho (1686-1748), natural de Suariba, Freguesia de SamPayo de Visella, Têrmo da Vila de Guimarães. Ele com dezesseis anos. Alguns anos depois, em 1717, Rodrigo de Freitas, já viúvo, voltou para Portugal, onde passou a residir em sua quinta de Suariba. Lá morreu viúvo em 1748. Sua enorme fazenda, que englobava a Lagoa que lhe acabou por herdar o nome (e, igualmente, eternizar na topografia carioca o "golpista do baú" mais bem sucedido em nossa cidade...), será arrendada a particulares, ficando decadente até princípios do século XIX.
Nada existia edificado. Ainda em 1645, o Governador Duarte Corrêa Vasqueanes proibira aos pescadores que edificassem suas casas na praia, com medo de um desembarque holandês para tomar o Rio de Janeiro.
Em 1808 o Príncipe D. João manda desapropriar o engenho da Lagoa por decreto de 13 de junho, com o fito de alí instalar uma fábrica de pólvora, aproveitando-se os terrenos circundantes para neles criar o Real Horto Botânico, origem do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Ele visitou essas terras em janeiro de 1809, sendo mal recebido pelos escravos e feitor do engenho, que abaixaram as calças à sua passagem. D. João ordenou depois a prisão dos escravos e a perda de todas as mercês e benesses ao feitor e proprietários daqueles chãos.
Era herdeira daquelas terras Da. Maria Leonor de Freitas Mello e Castro (1773-183?), filha de Rodrigo de Freitas Mello e Castro (1740-1803), e bisneta do primeiro Rodrigo de Freitas. Procedeu-se a avaliação da propriedade e a indenização. Julgada a adjudicação por sentença de 30 de janeiro de 1810, foi estipulada a quantia, sendo as terras incorporadas aos próprios nacionais, com as formalidades da lei de 28 de setembro de 1835. Da. Maria Leonor recebeu por estas terras R$: 42:193$430 contos de réis, pagos após a Independência em 1826. Os terrenos de marinha, que não interessavam aos propósitos do Jardim Botânico, foram repassados.
Toda a orla marítima da zona sul, possuía então o nome de "Fazenda de Copacabana", e foi adquirida em 1808 por Da. Aldonsa da Silva Rosa, uma chacareira. Da. Aldonsa não ficou muito tempo com ela, tendo-a revendido em 1810 ao português Manoel dos Santos Passos, que, ao morrer, legou em testamento para seu sobrinho Antônio da Costa Passos, ficando com elas até 1819. Antônio, assim com o seu tio, legou as terras em testamento para seu filho, João da Costa Passos. João era, em 1827, administrador da Capela de Nossa Senhora de Copacabana, na Ponta da "Igrejinha", erguida antes de 1746 (provavelmente em 1732) e depois demolida. João não ficou, entretanto, muito tempo com suas terras de Ipanema, vendendo-as em 1820 para Inácio da Silva Melo. Inácio, ao morrer em 1843, deixou tudo para dois sobrinhos, Francisco da Silva Melo e Francisco Nascimento de Almeida Gonzaga e eles logo depois venderam tudo em 1844 para Bernardino José Ribeiro. Ano seguinte, Bernardino vende tudo ao empresário francês Carlos Leblon o qual instalou no final da praia sua fazenda (que seria conhecida como "O Campo do Leblon") e empresa de pesca de baleias, a "Aliança".
O negócio ia bem, pois das baleias "espermacetes" do gênero "cachalote", abundantes em nossos mares, extraía-se o famoso óleo, que era usado não só como "concreto" em nossa construção civil, muito estimulada pelo crescimento da cidade no Segundo Império, como igualmente servia como combustível para iluminação, atividade incrementada por D. Pedro II, que mandou ampliar a iluminação pública das ruas do Rio por lampiões de óleo de baleia, principalmente depois de sua ascensão ao trono em 1841.
A pesca fazia-se não só de barcas baleeiras, apelidadas de "Alabamas" por provirem tais naves deste estado americano, como também do alto das pedras da praia, que por este motivo apelidou-se "Arpoador".
Em 1851, Irineu Evangelista de Souza, Barão e depois Visconde de Mauá (1813-1889), iniciou as obras para poder proceder à iluminação à gaz no Rio de Janeiro, com os primeiros postes na rua Direita, atual Primeiro de Março. Em 25 de março de 1854 foi inaugurado este serviço, atingindo outros bairros além do Centro. Com isso, caiu o negócio da pesca de baleias no Rio, tendo Carlos Leblon vendido suas terras da "Fazenda Copacabana" em 1857 ao tabelião e empresário Francisco José Fialho (1820?-1885), que adquiriu a parte que ia da atual rua Barão de Ipanema, em Copacabana, até o pico dos Dois Irmãos. Fialho, envolvido em vários negócios (dentre eles a restauração do "Passeio Público"), vendeu suas terras em 1878, divididas em dois grandes lotes. A área do lote um, correspondendo ao atual bairro do Leblon foi retalhada em três grandes chácaras, vendidas a particulares, um deles o português José de Guimarães Seixas.
Ao final do século XIX, às vésperas da Lei Áurea, existiam dentro da cidade do Rio de Janeiro diversos quilombos de negros fugidos. Havia-os em Vila Isabel, Penha, Engenho Novo, bem como nas matas do Corcovado, Santa Teresa e Laranjeiras.
Destes, o mais curioso foi, sem dúvida o do Leblon ou do "Seixas".
José de Magalhães Seixas nasceu em Portugal em 1830 e com quatorze anos emigrou para o Brasil, naturalizando-se em 1875. Dedicou-se ao comércio de malas e artigos de couro, fundando casa comercial no Centro, onde amealhou fortuna. Com ela, comprou em 1878 do Tabelião Francisco José Fialho (1820?-1886) enorme chácara de dois milhões e setecentos mil metros quadrados na base do Morro Dois Irmãos, no Leblon, onde, em meio a luxuriantes jardins de camélias banhadas por regato de águas cristalinas, ergueu bonita casa. Esta ficava onde hoje existe o Clube Federal, na base do Pico dos Dois Irmãos (533m de altitude), na rua Alberto Rangel, ao final da rua Sambaíba.
Eram terras que de 1845 a 1857 pertenceram ao francês Carlos Leblon, que alí manteve uma empresa de pesca de baleias. Seixas abraçou a causa da abolição e não poucas vezes abrigou dezenas de negros fugidos numa caverna que existiu nos fundos da chácara, cuja entrada ocultava por portão recoberto de Coroas de Cristo.
Era tão bem feita a camuflagem que o quilombo escapou incólume de todas as revistas policiais.
A 13 de março de 1887, dia de seu aniversário, Seixas deu monumental festa em sua casa, convidando para o banquete a fina flor do abolicionismo. Compareceram o deputado Joaquim Nabuco, o vereador João Clapp, os jornalistas José do Patrocínio (também vereador), Luiz de Andrade, Domingos Gomes dos Santos, Campos da Paz, Luiz da Fonseca, Ernesto Senna, Arthur Miranda, Brício Filho dentre outros. No final da festa, os convidados receberam a visita de cinqüenta negros quilombolas alí acantonados, cujo líder fez tocante e inocente discurso de agradecimento. Respondeu Joaquim Nabuco com o mesmo linguajar dos escravos, bradando oração tão emocionada que levou os ouvintes ás lágrimas.
À meia noite, os convidados partiram á pé pelo "Caminho do Pau", atual rua Dias Ferreira, para pegar o bonde no "Largo das Três vendas", atual "Praça Santos Dumont", no Jockey. Foram todos es coltados pelos quilombolas, cada um munido de instrumentos musicais, flautas, gaitas, violões e cavaquinhos, num cortejo musical onde pontilhou a música negra e antecipou em quarenta anos nossos desfiles de Escola-de-Samba. Quando os convidados embarcaram no bonde, o vereador João Clapp bradou um "viva aos negros quilombolas", que foi respondido com entusiasmo.
Quatorze meses depois, quando a Princesa Isabel assinou a lei de 13 de maio que extinguiu a escravidão no Brasil, os negros do "Quilombo do Seixas" saíram da caverna, levando braçadas de camélias do jardim de Seixas, em procissão à pé até o Paço Imperial para ofertá-las à Princesa.
Há um consenso entre os pesquisadores da História do Leblon, que o nome é originário do cidadão francês, Charles Le Blon. Ele era proprietário de um trecho de terra, no local, que se estendia do final da praia à Avenida Bartolomeu Mitre até o antigo Hotel Leblon. Antes do início da Avenida Niemeyer, esta área foi conhecida até o final do século XIX como o Campo do Leblon.
O Leblon foi loteado no início do século XX.
Só em 1918 acontece a primeira ligação com Ipanema, pela praia, e depois foi feita uma ponte sobre a barra da Lagoa ligando as Avenidas Vieira Souto, em Ipanema e a Delfim Moreira, no Leblon. O Leblon não tinha luz elétrica, que só chegava a Ipanema. Havia poucas ruas, uma delas a Rua do Sapé, que ia do Largo das Três Vendas (Praça do Jóquei) até o Largo da Memória. Seria, hoje, a parte final da Avenida Bartolomeu Mitre. A rua Tubira também já existia, sendo a ligação para as areias da Praia do Zé do Pinto, que mais tarde deu lugar à favela da Praia do Sr. Pinto (depois Praia do Pinto), uma das maiores da Zona Sul do Rio.
O Largo da Memória ficava entre as ruas Tubira e Juquiá, em frente ao quartel da PM. Havia uma trilha, simples caminho de areia, que partia do Largo da Memória, seguia pela Praia do Sr. Pinto com o nome de Travessa do Pau (Rua Conde de Bernadotte) e ia em direção ao mar. Mas antes passava pela Pedra do Bahiano (atrás do Conjunto dos Jornalistas) para encontrar o Caminho da Barra, que é como se chamava a margem do Canal no Jardim de Alah.
Em 1919 a Companhia Constructora Ipanema, localizada na Rua do Ouvidor, 139 - Centro, vendia terrenos "a dinheiro ou a prestações em Ipanema e Leblon".
A planta do loteamento, aprovada pela Prefeitura do Distrito Federal em 26 de Julho de 1919 mostra as ruas do bairro com seus nomes e localização.

A planta dos loteamentos de Ipanema e Leblon quando do seu lançamento em 1919
A primeira transversal à Avenida Ataulfo de Paiva, para quem vem de Ipanema, era a Avenida Afrânio de Melo Franco, que já tinha esse nome em 1919. Em seguida temos as seguintes ruas, com seus nomes da época e os atuais:

Nome antigo, em 1919 - Nome atual
  • Rua Dom Pedrito - Rua Almte Guilhem
  • Rua Francisco dos Santos (rua 10) - Rua Carlos Góis
  • Rua Francisco Ludolf (rua 11) - Rua Cupertino Durão
  • R. Com. Agostinho das Neves (12) e Acaraí - Rua José Linhares
  • Rua Domingos Moitinho (rua 13) - Rua João Lira
  • Rua Conde de Avellar (rua 14) - Avenida Bartolomeu Mitre
  • Praça Conde de Frontin - Praça Antero de Quental
  • Rua 15 (terminava na praça) - Rua General Urquiza
  • Rua Azevedo Lima (rua 16) - Rua Gen Venâncio Flores
  • Rua Miguel Braga (rua 17) - Rua General Artigas

  • Rua J.Antônio dos Santos (rua 18) - Rua Rainha Guilhermina

  • Rua Aristides Espínola (rua 19) - Rua Aristides Espinola

  • Rua Rita Ludolf (rua 20) - Rua Rita Ludolf

  • Rua 21 - Rua Jerônimo Monteiro

  • Rua Dr. Del Vechio - Avenida Gen San Martin

  • Av. Ataulfo de Paiva - Av Ataulfo de Paiva

  • Av. Delfim Moreira - Avenida Delfim Moreira

  • Rua do Pau e Sapé - Rua Dias Ferreira

  • Travessa do Pau - Rua Conde Bernadotte

  • Rua José Ludolf - Rua Humberto de Campos

  • Em 1920 o Prefeito Carlos Sampaio, realizou o saneamento e embelezamento da Lagoa, a construção da Avenida Epitácio Pessoa e de dois canais distintos: o da barra comunicando a Lagoa com o mar, que hoje é o Jardim de Alah e do canal da Avenida Visconde de Albuquerque, no final do Leblon. O Leblon é uma ilha onde ao sul está o mar, o Oceano Atlântico ao Norte, a Lagoa Rodrigo de Freitas. Ligando a lagoa ao mar está o canal do Jardim de Alah à leste. Finalmente, junto ao morro Dois Irmãos estende-se o canal da Avenida Visconde de Albuquerque, que também liga a lagoa ao mar. Esse canal poluido, já foi um canal de águas claras, cheio de robalos e camarões.

    Foto de Augusto Malta detalha a praia da restinga e a travessa do Pau junto a lagoa e ao canal está a pedreira do baiano

    Em 1938 foi construída outra ponte sobre o canal ligando as duas Avenidas: Visconde de Pirajá à Avenida Ataulfo de Paiva e começou a circulação de bondes pela praia, fazendo com que as duas avenidas passassem a ser uma única via pública. O Jardim de Alah, fronteira com Ipanema, já foi um lugar muito agradável na década de 50, onde as crianças andavam de cavalos, charretes e bodinhos, onde se podia passear de barco pelas águas claras do canal, indo até quase o meio da lagoa. Os balões de gás faziam a alegria da garotada. Os cavalos cruzavam a Avenida General San Martin galopando, sem o risco de trombar com algum veículo ou precisar aguardar a luz verde de algum sinal, inexistente na época. Não havia calçamento, apenas uma rua de terra.
    Os cavalos e bodinhos descansavam numa chácara, junto a uma grande pedreira, que remotamente já foi uma ilha, onde hoje está sendo construido um Shopping, na Rua Professor Antônio Maria Teixeira (em 1960 esta rua não existia, havia uma favela).

    Década de 50 - Ônibus 12 - Estrada de Ferro-Leblon, o popular Camões
    Na Avenida Ataulfo de Paiva, 50 existem três grandes edifícios, conhecidos por Conjunto dos Jornalistas. Tem este nome porque o IAPC, que os construiu, destinou a maior parte das unidades aos jornalistas, para manter sempre um bom relacionamento com a imprensa e calar a boca daqueles que tivessem a intenção de denunciar algum fato menos sério. Alguns apartamentos foram destinados a ex-pracinhas e (aí sim) a comerciários que pagavam aluguel e estavam com ordem de despejo. Os prédios dos jornalistas eram os mais altos da região, tanto do Leblon quanto de Ipanema, constando de cartas náuticas para orientação de navios que chegavam à nossa cidade. Podiam ser vistos de toda a praia, até do Arpoador.

    Conjunto dos Jornalistas
    Nos idos de 1970, o "Clube Federal", erguido no local do "Quilombo do Seixas", abrigava outros "quilombolas ": Paulo José, Dina Sfat, Djenane Machado, Ruy Guerra, Bráulio Pedroso, Jardel Filho e todo o staff de artistas "globais ", que ainda hoje o freqüentam.

    Um comentário:

    1. Prezados
      Estou atrás da origem deste texto sobre a História do Leblon que encontro em quatro sites diferentes. Nenhum deles cita a fonte original. Vocês sabem?
      Saudações

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