Crianças e adolescentes dos morros da Mineira e São Carlos, na região central do Rio de Janeiro, participaram do 2º Torneio da Pacificação na manhã deste sábado (30), promovido pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), com o apoio da Associação de Moradores do morro da Mineira, e receberam uma visita inesperada que alegrou a todos: Ronaldo Fenômeno.
O ex-jogador foi a grande atração do campeonato de futebol, que teve por objetivo a integração entre as comunidades e promover o esporte nestes locais.
Para Ricardo Castro Barros, presidente da associação, a presença do craque foi de fundamental importância no torneio.
- O Ronaldo é um espelho para estas crianças, pois elas precisam de bons exemplos. Ele é uma estrela que veio de baixo e conquistou o sucesso. Os nossos jovens veem nele uma motivação para lutar pelos seus sonhos. O presidente falou também sobre a importância da presença do Estado nas comunidades e a realização de atividades para os jovens.
- É essencial a presença do poder nas comunidades e nós esperamos mais do que a força policial. Nós queremos cultura, esporte, lazer, cidadania, cursos profissionalizantes e iniciativas que tragam benefícios às nossas crianças e adolescentes. Nós queremos um Brasil de todos e para todos. A associação já promove torneios entre as comunidades da região, mas por iniciativa própria, apenas com a ajuda de comerciantes locais. A ajuda do Estado seria fundamental para melhorar a estrutura e a qualidade destes eventos.
O morador do morro do São Carlos, Jorge Alexandre, de 35 anos, oferece aulas de futebol para as crianças e jovens das comunidades e trabalha sem qualquer apoio, apenas por prazer. Para ele, o objetivo do esporte nas comunidades é ver os jovens fora do mundo do crime e das drogas..
- As crianças viram o Ronaldo sair das telas, da imaginação delas e agora têm a certeza de que também podem se tornar grandes jogadores de futebol, assim como ele. Eu tentei mostrar que tudo é possível e eu quero, mesmo que não se tornem fenômenos, me orgulhar de cada um deles daqui a cinco, dez anos, por terem lutado por um futuro melhor.
Michel Nunes, de 12 anos, que vive na comunidade da Mineira, contou que foi emocionante chegar perto do ídolo.
- Eu falei para ele que o meu sonho é ser jogador de futebol. Então ele pediu para eu estudar e conversar com a minha mãe para ela me colocar em uma escolinha, porque eu posso ser tão bom quanto ele. Eu realizei um sonho.
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