O estado de abandono vivido hoje pelo autódromo é alvo de críticas de muitos profissionais e esportistas ligados ao automobilismo. A principal delas é a falta de uma pista de kart, base do desenvolvimento de novos pilotos. "Isso é muito negativo para o Rio. Não só para o kart, mas para o automobilismo em si. Ficamos limitados para a formação de pilotos", reclama Djalma Neves, presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro.
O dirigente não está muito esperançoso. "O projeto está indo. Às vezes acelera e achamos que vai andar, mas então freia forte", diz. Quem gostaria muito de poder correr com boa estrutura no Rio é o piloto de Nova Iguaçu, Luir Miranda, 17 anos. Estreante da Fórmula Future (categoria de base criada por Felipe Massa para desenvolver jovens pilotos no Brasil), ele está ansioso para ver sair do papel o autódromo de Deodoro. "O automobilismo carioca foi perdendo espaço e se estagnou. Se Deodoro sair, o Rio vai se tornar de novo o berço do automobilismo brasileiro", prevê.
O secretário de Esporte e Lazer, no entanto, garante que o autódromo será construído. "É parte da responsabilidade da Carta Olímpica. É um compromisso assumido com o COI (Comitê Olímpico Internacional)", afirma. Ele frisa que, mesmo que não seja possível entregar toda a estrutura em dezembro de 2012, é provável que já se possa correr. "Construir a pista leva de oito a dez meses. É simples".
O Ministério do Esporte, responsável pela contratação da obra, informou que o novo autódromo será de nível internacional e poderá receber todos os tipos de provas, inclusive a Fórmula 1. Pilotos e a Federação Internacional de Automobilismo serão consultados antes da execução do projeto, que prevê ainda que toda a estrutura possa ser usada pela comunidade do entorno.
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