Tem muito no fundo da Baía da Guanabara do que podemos sonhar em gastar, que pode chegar a US$ 1 bilhão de dólares, nos porões da nau Rainha dos Anjos. O navio tinha marcado de Macau para a Europa em 9 de Dezembro de 1721, contendo além da carga geral, presentes da corte chinesa para o Papa Clemente XI, e o Rei de Portugal, D. João V. destes, vidros e porcelanas de interesse histórico excepcional, fabricados na oficina do Palácio Imperial.
Se você acha que vidro é barato, na carga tinha mais de uma centena de objetos de vidro do período Kangxi (1661-1722), do qual hoje sobrou uma única peça, exposta no Museu Imperial chinês. Então vale, e muito!
O navio afundou em junho de 1722, quer dizer, não só afundou, ele explodiu! Alguém teria esquecia uma vela acesa no porão, provavelmente o estagiária, o que começou um incêndio, seguido de uma explosão. O deslocamento de ar causado pela explosão teria chegado a quebrar os vidros do Mosteiro de São Bento. Na explosão o navio se dividiu, a proa voou para um lado e a popa para outro! Apesar disso tudo ninguém morreu.
Mas com um desastre deste teria sobrado alguma coisa para buscar? Aparentemente os chineses, na época, embalavam os objetos com várias camadas sobrepostas de argila fresca e palha de arroz, além da caixa de madeira. Muito melhor que hoje em dia…
Antes que você decida colocar a sunga e mergulhar perto das barcas, vamos pensar. O navio afundou tem quase 300 anos, em um porto movimentadíssimo, que recebe esgoto de uma das maiores metrópoles do mundo, além do lixo jogado. Não é exatamente fácil de achar, além de não sabermos onde afundou e, soma-se, que até agora as buscas não tiveram muitos resultados.
Quem sabe o Eike Batista não invista para encontrar? E a quem queira se aprofundar há um livro chamado “Rainha dos Anjos – Mistério na Baía da Guanabara”, é um começo para os caçadores de tesouro.
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