O jardim francês, localizado nos fundos do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, está sendo reformado. A restauração dos elementos decorativos começou há duas semanas e deve terminar em 60 dias. Esta é a terceira etapa da recuperação do palácio. O prédio do anexo e a fachada já passaram por obras.
O secretário-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, disse que as peças de arte já começaram a ser restauradas - seis taças metálicas, dez vasos em terracota, dois vasos em argamassa, quatro bancos, quatro estátuas de mármore que representam as estações do ano e 59 postes de época. Segundo ele, a restauração busca preservar a memória do Rio.
As obras
Grande parte da decoração dos jardins foi adquirida em 1908, quando o Palácio Guanabara sofreu a primeira grande reforma. A obra foi ordenada pelo presidente do Brasil na época, Afonso Pena, para receber o rei de Portugal, D. Carlos Primeiro. O presidente justificou que a capital federal não tinha um palácio digno para recepcionar o ilustre visitante.
A remodelação do jardim foi encomendada ao paisagista francês Paul Villon. Ele projetou o grande gramado, vasos em terracota, taças metálicas, um chafariz com uma estátua de Netuno e quatro figuras de meninos sentados em peixes. O autor das peças foi o francês Gabriel Dubray.
Em 1920, o jardim passou por nova reforma para a visita dos reis da Bélgica, Alberto e Elizabeth. A obra ficou a cargo do brasileiro Reinaldo Dierberger, que acrescentou postes de iluminação, roseiras nos canteiros e estátuas em mármore. Em 2000, o chafariz de Netuno foi tombado.
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