A Corregedoria Interna da Polícia Militar do Rio de Janeiro investiga a entrada de 2.600 latas de cerveja no BEP (Batalhão Especial Prisional) da corporação, em Benfica, na zona norte da cidade, no último domingo (23).
De acordo com o corregedor geral da PM, coronel Waldyr Soares Filho, o motorista do Fiat Fiorino, que carregava as bebidas, disse que teria ido até o BEP para fazer uma conferência da mercadoria, que seria levada em seguida para outro local.
- O dono do carro foi abordado e disse que teria levado esta carga, que pertenceria a um interno, para fazer uma conferência, para depois levar para um comércio. Isso não é verdade. Nós verificamos que o carro entrou no estacionamento ao lado da unidade prisional, que pertence ao Corpo de Bombeiros e é cedido para estacionamento em dia de visitas.
Ainda segundo o coronel, o oficial de dia, responsável pela entrada de veículos no estacionamento da unidade, foi preso em flagrante.
Agentes da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar faziam uma perícia no local na manhã desta segunda-feira (24).
Segundo José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública, algumas providências já começaram a ser tomadas. Uma delas é que, a partir de agora, os prisioneiros terão que usar uniformes. O secretário também pediu uma reformulação do sistema e mudança do local.
Um flagrante de irregularidade no BEP mostrou um ex-PM preso comemorando uma festa de aniversário com direito a convidados dentro do sistema prisional em setembro de 2010.
A festa era uma comemoração do aniversário do filho do ex-PM Carlos Ari Ribeiro, conhecido como Carlão, que fugiu da unidade prisional no mês passado. Ele é apontado como principal matador de uma milícia na zona oeste do Rio e que é investigado em pelo menos 16 assassinatos.
O que mais teria chamado a atenção do comando da PM foi a ostentação de jóias por parte dos presos, considerado uma espécie de afronta à corporação.
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