Os bancos de sangue dos dois principais hemocentros do norte do Estado do Rio de Janeiro estão com os estoques pela metade. Em Campos dos Goytacazes, assim como em Macaé, é necessário que o volume de doações duplique para atender à demanda. Os dois centros atendem a hospitais de 19 municípios da região norte e noroeste fluminense.
O Hemocentro de Campos atende a hospitais de 16 cidades, além de nove unidades de saúde. A assistente social Cristiane de Barros explica que a capacidade do banco de sangue preocupa, porque a região tem crescido muito.
- Aumentaram os procedimentos cirúrgicos e a violência urbana, mas não cresceu o volume de doações. Campos agora é um polo de cirurgias cardíacas, oncológicas e ortopédicas, ao mesmo tempo em que aumentou o número de assaltos e acidentes de trânsito.
O banco de sangue da cidade recebe uma média de 30 a 35 doações por dia, quando o necessário para atender à demanda da região é que fossem 70.
Além da unidade no Hospital Municipal Ferreira Machado, o Hemocentro de Campos conta com uma unidade móvel que percorre os municípios da região. Cristiane disse que, no próximo sábado (22), o ônibus estará no centro de São Fidélis, cidade vizinha de Campos.
- É só chamar que mandamos o ônibus.
O hemocentro funciona diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos sábados, domingos e feriados, na rua Rocha Leão, 2, no Caju. Os telefones são: 0800-2820250 e (0xx22) 2732-4260.
Macaé
O Serviço Municipal de Hemoterapia de Macaé atende a hospitais de Conceição de Macabu e de Carapebus, no norte do Estado. De acordo com a assistente social da unidade, Renata Oliveira, o volume de doações caiu pela metade nas últimas três semanas.
Ela explica que os atendimentos de emergência e urgência são priorizados. E esclareceu que, para garantir a realização das cirurgias eletivas, aquelas que são marcadas com antecedência, os profissionais estão conscientizando os familiares sobre a importância de doar sangue.
Para manter o estoque, é necessário que haja, no mínimo, 20 doadores por dia. Atualmente, este número caiu pela metade. Renata destaca a importância da doação, independentemente do tipo sanguíneo.
- Todos os tipos de sangue são importantes para o hemonúcleo, mas estamos precisando aumentar o estoque do fator sanguíneo RH negativo, que são mais raros por questões genéticas. Nesse caso, quem tem sangue O negativo pode doar para todos, mas só pode receber de outra pessoa com fator sanguíneo O negativo.
O Serviço Municipal de Hemoterapia de Macaé fica rua Dr. Bueno, 40, no centro. Ele recebe doadores das 7h30 às 12h30. O telefone é (0xx22) 2772-5550.
Doadores
O Ministério da Saúde ampliou a faixa etária dos doadores. Desde junho deste ano, jovens entre 16 e 17 anos e maiores de 65 anos até 68 incompletos podem doar também. Os doadores com 16 e 17 anos precisam da autorização dos pais.
Para doar, também é preciso levar um documento original de identidade com foto, ter entre 18 e 65 anos, peso superior a 50 Kg e não estar em jejum nem ter ingerido alimentos gordurosos nas últimas três horas.
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