A expectativa dos ambulantes conseguirem lucrar em euro e dólar durante as competições da 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, no Rio, não se concretizou. A competição começou na sexta-feira (15), mas as delegações já estão na cidade maravilhosa há pelo menos uma semana antes do início das competições e isso não representou em aumento da clientela.
"Está difícil vender para gringo aqui. Só falei com turista brasileiro mesmo. Não consegui ver um atleta estrangeiro. Eles saem dos alojamentos, entram nos ônibus, depois descem dos ônibus e vão direto para os espaços das competições. Depois é a mesma coisa, da arena para o ônibus e do ônibus para o alojamento", disse o ambulante Ricardo José Bernardino, 44 anos.
Ele atua há 20 anos no calcadão entre Copacabana e Leme. "Eu vendo sombrinha com imagens de cartões postais e chaveiros de lembranças, mas não recebi uma notinha de dólar por exemplo, mas nem tive o gostinho de tentar vender para algum estrangeiro", afirmou o ambulante.
O vendedor Renilson Evangelista dos Santos, 38 anos, que percorre as areias das praias de Copacabana e do Leme, disse que só vendeu em reais. Mesmo com seu jeito bem humorado de abordar a clientela, os turistas e os banhistas, ele também afirmou que os jogos militares não favoreceram o comércio na região. "Sem dólar, sem euro, só real mesmo. Os estrangeiros nem deixam a gente chegar perto."
O ambulante Gledison de Lima, 42 anos, também disse estar frustrado com o volume de venda no período dos jogos militares. "Ainda mais porque é período de férias também. Está difícil vender em Copacabana. Acho que faltou a orgazinação dos jogos atrair mais pessoas para os locais dos jogos. Tem pouca gente aqui [na arena de vôlei de praia]. Acho até que a crise econômica mundial veio junto com os atletas."
Para Sebastião Luiz Firmino, 58 anos, que tem uma tenda na areia, exatamente na frrente da entrada de público na arena de vôlei de praia, o Leme, disse que as vendas estão boas. "Aqui não tem como não vender, estou na cara do gol. Estou conseguindo vender bem, mas só para brasileiros".
Fonte: G1
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