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terça-feira, 7 de junho de 2011

Turistas fazem passeio inédito no teleférico do Complexo do Alemão

Serviço que vai beneficiar 85 mil usuários será inaugurado neste mês.
Divulgação Governo do Estado


 O teleférico do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, passará a ser mais uma opção de passeio na cidade. Implantado para facilitar o ir e vir de moradores dessas comunidades carentes, o meio de transporte aéreo, que será inaugurado oficialmente neste mês, foi aprovado também como alternativa de turismo. Um grupo de pessoas fez o circuito de seis estações, pela primeira vez, na última sexta-feira (3).
Os turistas pioneiros – Lúcia David e Ilton David, moradores de Bento Ribeiro; Roberto Santos, de Vargem Grande; Mara Martins, artesã moradora no complexo; e o jornalista alemão Jens Glüsing, correspondente da revista Der Spiegel; além da guia turística Ellen Serra – embarcaram na estação do Adeus e seguiram para os morros da Baiana, Alemão, Itararé e Fazendinha. De lá, retornaram parando nas mesmas estações e seguindo para a estação de Bonsucesso, onde o sistema, quando operar comercialmente, se integrará com os trens da SuperVia. O percurso tem 3,5 kms e é percorrido em um sentido em 15 minutos.
Segundo os usuários, o novo cartão postal da cidade é uma atração para quem está lá embaixo, admirando o vaivém das gôndolas sobre suas cabeças, e para quem está lá em cima, sobrevoando o casario e, apreciando, de um lado, o Engenhão, estádio de futebol do Botafogo, e, mais distante, o Pão de Açúcar, entre outros atrativos. Do outro lado pode-se ver a Igreja da Penha e a Baía de Guanabara.
O correspondente alemão assegurou que vai divulgar em seu país, através de sua agência de notícias, a nova atração turística do Rio, considerando-a tão fascinante quanto o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. A guia turística Ellen Serra fez o passeio inaugural como uma simples turista, mas já decidiu incluí-lo no roteiro do tour que organiza pelas comunidades do Complexo Alemão.
– O teleférico é um ponto diferenciado do favela tour no Rio de Janeiro porque nenhuma comunidade tem um igual a este, com uma vista linda e esta estrutura magnífica. O teleférico passa a ser um dos principais pontos de atração no roteiro do nosso passeio cultural, que também visita outras atrações do complexo, como a Igreja da Penha, o Cine Carioca, o casarão da viscondessa.
Teleférico vai beneficiar 85 mil moradores
Com um custo em torno de R$ 210,9 milhões, o teleférico é o primeiro sistema de transporte de massas por cabos do Brasil. Além de cumprir sua função como um sistema de transporte, também destina espaços para equipamentos de inserção social. Ele está integrado aos trens da SuperVia, através da estação de Bonsucesso, e ao metrô, o que vai permitir a uma pessoa se deslocar de pontos distantes do Rio, tanto do norte como do sul da cidade, e chegar até a estação da Fazendinha, a última do sistema, sem sair das estações.
Aproximadamente 85 mil moradores do complexo vão se beneficiar diretamente com o teleférico, cuja capacidade de transporte é de 3.000 passageiros/hora e a velocidade de 5 m por segundo. Serão 152 gôndolas com capacidade para dez passageiros, sendo oito sentados e dois em pé. As gôndolas são dotadas de sistema de comunicação com as estações e energizadas através de energia solar.
Há seis estações que estão distribuídas da seguinte forma:
- Estação intermodal, em Bonsucesso, que faz a integração com os trens da SuperVia, além de servir de instrumento de revitalização urbanística do bairro.
- Estação Morro do Adeus, localizada em uma das comunidades mais importantes do complexo, onde antes só havia acesso por meio de longas escadarias. Esta estação vai contar ainda com uma sala de leitura.
- Estação Morro da Baiana: localizada no bairro de Ramos, trata-se da estação motriz de todo o sistema. É o “coração” do teleférico.
- Estação Morro do Alemão: situada na comunidade que batiza o complexo, esta estação vai abrigar mais um equipamento social – o Centro de Referência da Juventude.
- Estação Itararé/Alvorada: mais uma das estações intermediárias. Ela promoverá a integração com o conjunto habitacional da Poesi, na estrada do Itararé, e com o Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, além de ceder espaço para a instalação de um centro de serviços à comunidade.
- Estação Fazendinha: estação de retorno do teleférico, localizada no bairro de Inhaúma. Cumpre sua função como parte de um sistema de transporte e também destina um grande espaço para a biblioteca local a serviço da comunidade.

Fonte::http://noticias.r7.com

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