Entre picolés e balões distribuídos na cerimônia de inauguração da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro, quinta-feira (3), as crianças receberam também uma cartilha com orientações sobre cidadania. O livreto, assinado por Ziraldo, retrata a chegada dos policiais militares como marco para a união entre as favelas e o restante do Rio de Janeiro. Para o autor, significa o fim do que chama de “cidade partida”.
- Ser cidadão é a gente ter conhecimento dos nossos direitos e dos nossos deveres. Ah, sim: e é, também, saber exigir esses direitos e cumprir nossos deveres.
As páginas seguintes mostram a ocupação dos PMs. Diante de um cenário com um muro pichado com figuras de traficantes armados, o texto relata o fim do medo. Os criminosos são chamados de falsos amigos e falsos heróis: "Breve vão acabar de vez – e para sempre – o medo, a insegurança, a desconfiança, a guerra, os falsos amigos e os falsos heróis".
Com a comunidade já tomada pela UPP, a paz no caminho até a escola e o direito de ir e vir são ressaltados. "Agora nós podemos brincar. Pular, dançar, divertir-nos como crianças realmente seguras, o que deixa o pai e a mãe muito felizes" - diz um trecho.
As páginas finais do livreto citam os policiais como os “amigos verdadeiros” e projetam um futuro mais digno aos moradores da favela: "Agora podemos contar com os verdadeiros amigos. Atrás deles virão educação, saúde, mais limpeza, mais justiça, mais conforto e mais segurança".
A figura de um policial sorridente resume a moral da história com a frase “tudo por uma cidade inteira”.
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