O complexo lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, ganhará uma ilha-parque ecológica, formada com sedimentos que serão retirados do fundo das próprias lagoas da região. Inédita no país, a iniciativa faz parte do Projeto de Recuperação Ambiental do Sistema Lagunar da Barra e Jacarepaguá, que faz parte do Caderno de Encargos das Olimpíadas de 2016 e tem como objetivo a dragagem das lagoas assoreadas, com sua revitalização ambiental.
O secretário Carlos Minc disse que a região vai receber mais R$ 650 milhões do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental), nos próximos quatro anos, para serem investidos na conclusão do saneamento da Barra, Recreio e Jacarepaguá.
- Já investimos R$ 550 milhões para o saneamento da Barra, de Jacarepaguá e do Recreio dos Bandeirantes, que inclui a construção de 13 elevatórias, Estações de Tratamento de Esgoto, emissário submarino e implantação de redes de esgotamento sanitário, intervenções executadas pela Cedae.
Orçado em R$ 550 milhões, o projeto de recuperação ambiental do sistema lagunar da região inclui a dragagem de aproximadamente 5,7 milhões de m³ de sedimentos poluídos, desde a entrada do canal da Joatinga, se estendendo pelas lagoas de Marapendi, Tijuca, Camorim e Jacarepaguá. O projeto prevê ainda o prolongamento do Quebra-Mar em 180 m de extensão, na desembocadura do canal da Joatinga, onde será construído um restaurante panorâmico.
Parte dos sedimentos dragados do fundo das lagoas da região será acondicionada em geobags, mesmo material utilizado para acondicionar o lodo poluído que vem sendo retirado do canal do Fundão, outra importante obra da Secretaria de Estado do Ambiente. Esses geobags serão dispostos em uma área já assoreada, entre as lagoas do Camorim e da Tijuca, formando uma ilha de 444.660 m². Os geobags serão então cobertos por camadas de terra e argila, formando uma ilha-parque, com árvores, trilhas, um centro de visitação, áreas de lazer e atividades de educação ambiental e de ecoturismo.
- Vamos transformar um passivo ambiental em um ativo ambiental. A ideia é aproveitar essa parte assoreada e transformá-la em uma ilha. Isso vai baratear em 40% o preço do projeto. Experiência já adotada em países como Canadá e Alemanha, a ilha ecológica é uma novidade no Brasil, pois um dos fatores que encarecem é a logística do transporte do bota-fora, resultado de dragagem. Esta iniciativa talvez seja o maior legado ambiental para o Rio de Janeiro após as Olimpíadas de 2016.
Em paralelo à dragagem das lagoas, Minc destacou que a Prefeitura do Rio vai construir Estações de Tratamento de Rios em Arroio Pavuna, com capacidade para tratar 1.000 l/s; em Rio das Pedras, que vai tratar 330 l/s de esgoto; canal Pavuninha (na altura do Autódromo, em Jacarepaguá), que vai tratar 330l/s de esgoto; e no canal do Anil, para o tratamento de 1.000 l/s de esgoto. Além da ETR do Arroio Fundo, já construída pela prefeitura e que trata, atualmente, 1.800 l/s de esgoto, a administração municipal também fará a drenagem do entorno da região.
Fonte: portal R7
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